Nos bunkers, metrôs e porões de Kiev, a vida continua no subsolo, mesmo com explosões e sirenes soando acima. Os adolescentes sentam-se colados aos seus smartphones, as mães envolvem os filhos em colchas e dão-lhes o seu peluche preferido para dormir. No entanto, nenhuma mãe tem força ou imaginação para contar histórias com final feliz quando o perigo paira sobre as suas amadas criaturas.
Alguns carregam animais de estimação, enquanto outros ficam sentados em vagões escuros e imóveis do metrô. Os bebês nascem porque a vida continua acontecendo a cada momento. Em um abrigo antiaéreo em Kiev, uma mulher deu à luz uma menina – Mia. Você pode ler a história dela AQUI. Mas a pequena Mia não está sozinha: mais de 80 novas vidas respiraram pela primeira vez em abrigos antiaéreos nas últimas duas noites. Pequenos símbolos de esperança.
A deputada ucraniana Anastasia Radina comparou a cena ao Blitz de Londres – o bombardeamento alemão de Londres em 1940 e 1941 durante a Segunda Guerra Mundial: “As mães ucranianas dão à luz em abrigos e estações de metro durante ataques aéreos. A blitz de Londres se repete na Ucrânia, mas em 2022.”