Apesar dos métodos desenvolvidos para o tratamento deste câncer agressivo, em alguns casos revelam-se pouco eficazes, a doença progride e o paciente morre. “O desenvolvimento de resistência aos medicamentos e o aparecimento de metástases estão associados às células-tronco tumorais – uma população extremamente rara de células na massa tumoral, mas é precisamente essa população que leva às recidivas da doença”, explicam cientistas especialistas de Kazan.
E somente os antibióticos podem suprimir a atividade vital das células-tronco tumorais, o que foi previamente comprovado por cientistas da Grã-Bretanha e dos Estados Unidos. Os compostos quimioterápicos matam as células cancerígenas em divisão, mas praticamente não têm efeito nas células-tronco. Os antibióticos complementam o efeito da quimioterapia visando as células-tronco, acrescentaram.
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“Esta descoberta permite-nos olhar de uma nova forma para o seguinte: como as condições de crescimento do tumor (hipóxia em particular) podem afectar a eficácia dos medicamentos, neste caso os antibióticos”.
Podem ser úteis no tratamento de doenças oncológicas, mas devemos necessariamente ter em conta o estágio da doença, a dinâmica de crescimento do tumor e as características únicas do microambiente em que as células tumorais estão localizadas”, explicam os cientistas.
Eles pretendem continuar pesquisas sobre como a hipóxia e as características do microambiente tumoral afetam a eficácia dos medicamentos e dos métodos de tratamento do câncer. Eles esperam que os resultados científicos obtidos ajudem no desenvolvimento de formas novas e mais eficazes de tratar doenças oncológicas, dadas as condições únicas em que se encontram as células tumorais.