O amor tem um impacto tremendo na psique.
É impossível dizer exatamente como, os dados são tão contraditórios e dependem do indivíduo que é impossível criar uma descrição precisa da influência do amor.
A psicóloga-psicoterapeuta e treinadora Yulia Vatutina entende esse assunto com mais detalhes.
Resumindo, podemos identificar várias consequências principais, positivas e negativas.
- emoções positivas: o amor pode causar emoções positivas como felicidade, alegria, deleite e satisfação;
- Redução do Estresse: O apoio e a presença de um ente querido podem reduzir o estresse e a ansiedade, ajudando você a lidar com as dificuldades e desafios da vida;
- Aumento da autoestima: Saber que é amado e valorizado por alguém aumenta a autoconfiança e melhora a autoestima;
- Melhor saúde mental: Quando uma pessoa mantém um relacionamento saudável, isso pode ajudar a melhorar sua saúde mental e reduzir o risco de desenvolver depressão ou outros transtornos mentais;
- apego emocional: o amor pode promover uma conexão emocional profunda entre os parceiros, o que os ajuda a se sentirem mais realizados e seguros.
Mas também existem fatores negativos:
- fator de rompimento: rompimentos amorosos ou perda de um ente querido podem causar tristeza, raiva, depressão, etc.;
- fator dependência: em alguns casos, o amor pode levar à dependência emocional excessiva, o que pode afetar negativamente o estado mental de uma pessoa e sua capacidade de tomar decisões por conta própria;
- fator amor não correspondido: o amor unilateral pode levar às mesmas consequências que uma separação amorosa.
A influência do amor na psique depende das características individuais de uma pessoa, da natureza do relacionamento e das circunstâncias.
É importante encontrar equilíbrio nos relacionamentos e procurar ajuda profissional caso surjam problemas emocionais ou psicológicos graves.
Influência do amor: o que dizem os psicólogos
O amor tem sido objeto de estudo de psicólogos há séculos. Mas nas últimas décadas, esses estudos tornaram-se especialmente interessantes: afinal, surgiram capacidades técnicas que ajudam a medir as mudanças nos processos cerebrais de uma pessoa apaixonada.
Um desses estudos foi conduzido por psicólogos americanos em 2010. Sua essência era compreender os mecanismos neurobiológicos do amor romântico em humanos e outros mamíferos.
Os cientistas têm procurado descobrir quais partes do cérebro são ativadas quando nos apaixonamos e identificar a base biológica do apego a um parceiro. Para atingir o objetivo, os pesquisadores utilizaram a tomografia.
Acontece que quando nos apaixonamos, certas partes do cérebro ficam mais ativas. Dentre essas áreas, destaca-se a área responsável pelos sentimentos de prazer e reconhecimento.
Eles também encontraram aumento de atividade em outras regiões do cérebro associadas à percepção e avaliação social.
Estes resultados indicam que o amor romântico tem as suas próprias bases neurobiológicas distintas que provavelmente estão presentes em muitos mamíferos, incluindo humanos.
Em outro estudo, psicólogos também tentaram identificar a ligação entre amor e saúde mental.
Os cientistas procuraram descobrir como o amor afeta o bem-estar psicológico e determinar se existe uma conexão entre a natureza do relacionamento e o estado mental de uma pessoa.
Desta vez, os pesquisadores não “olharam para a cabeça” dos sujeitos, mas limitaram-se a estudar as consequências do amor a partir das palavras dos amantes.
Eles conseguiram chegar a várias conclusões importantes. Um relacionamento positivo, saudável e de apoio com um parceiro pode melhorar o bem-estar mental e o bem-estar geral de uma pessoa.
Isso se deve ao fato de que sentimentos de apoio, compreensão e carinho proporcionam segurança emocional e auxiliam na superação de dificuldades.
Essas pesquisas mostram que o amor é uma parte importante e complexa da psicologia humana, que tem um impacto profundo no nosso comportamento e estado mental.
Mas a influência positiva às vezes pode ser substituída pelo oposto. Portanto, é importante não permitir sentimentos fortes e não ter vergonha de procurar um especialista.