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O cérebro de uma criança não é uma réplica em miniatura do cérebro de um adulto. Está em construção e ainda se conectando ao mundo. E cabe aos pais criar um mundo, físico e social, rico em instruções e sugestões. Com base em anos de pesquisa em neurociência e psicologia, aqui estão sete regras parentais para ajudar seu filho a construir um cérebro flexível e resiliente.
1. Seja jardineiro, não carpinteiro
Parece estranho para você? Os carpinteiros esculpem a madeira no formato que desejam. Os jardineiros ajudam as coisas a crescerem por conta própria, cultivando e modelando suavemente. Da mesma forma, os pais podem transformar seus filhos em algo específico, digamos, um violinista virtuoso. Ou podem proporcionar um ambiente que encoraje o crescimento saudável em qualquer direção que a criança tome. Depois de saber que tipo de planta você está cultivando, você pode “ajustar o solo” para que ela crie raízes e prospere.
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2. Converse e leia para seu filho
Pesquisas mostram que mesmo quando os bebês têm apenas alguns meses de idade e não entendem o significado das palavras, seus cérebros já as utilizam. Isso cria uma base neural para o aprendizado posterior. Portanto, quanto mais palavras ouvirem, maior será o efeito. Eles também terão melhor vocabulário e compreensão de leitura. Ensinar às crianças “palavras emocionais” (ou seja, triste, feliz, decepcionado) é especialmente útil. Quanto mais sabem, mais flexíveis podem agir. Pense em você como um guia turístico no misterioso mundo das pessoas e seus movimentos, emoções e sons.
3. Explique as coisas
Pode ser cansativo quando seu filho pergunta constantemente “Por quê?” Mas quando você explica algo a ele, você pega algo novo do mundo e o torna previsível. O cérebro funciona com mais eficiência quando antecipa bem.
Evite responder perguntas do tipo “por que” com “Porque eu disse”. As crianças que compreendem por que devem comportar-se de determinada maneira podem regular de forma mais eficaz as suas ações.
Se tudo o que eles sabem é: “Eu não deveria comer todo o chocolate porque a mamãe disse, e vou ter problemas”, isso não ajudará em nada quando você não estiver presente. É melhor que as crianças compreendam: “Não devo comer todos os biscoitos porque vai doer-me o estômago e terei de ir ao dentista”. Este raciocínio ajuda-as a compreender as consequências dos seus actos e promove a empatia.
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4. Descreva a atividade, não a pessoa
Quando seu filho bater na cabeça da irmã, não o chame de “menino mau”. Seja específico: “Pare de bater na sua irmã. Isso a machuca muito e a deixa triste. Diga a ela que você sente muito.
A mesma regra se aplica ao elogio: não chame sua filha de “boa menina”. Em vez disso, comente sobre as ações dela: “Você fez uma boa escolha ao não retribuir ao seu irmão.” Esse tipo de formulação ajudará o cérebro dela a construir conceitos mais úteis sobre suas ações e sobre si mesma.
5. Ajude as crianças a copiar você
Você já percebeu como algumas tarefas que para você parecem trabalhosas (por exemplo, limpar a casa ou arrancar ervas daninhas do jardim) podem ser realizadas com uma criança? As crianças aprendem naturalmente observando, brincando e sobretudo copiando os adultos. Esta é uma forma eficaz de aprender e dá-lhes uma sensação de domínio. Portanto, dê-lhes uma vassoura em miniatura, uma pá de jardim ou um cortador de grama de brinquedo e deixe a imitação começar.