Os pesquisadores identificaram cinco problemas de saúde comuns que afetam os pacientes com esclerose múltipla até cinco anos antes de receberem o diagnóstico final. Surpreendentemente, a prisão de ventre, as infecções do trato urinário (ITU), as infecções da bexiga, a depressão e os problemas sexuais foram identificados como possíveis sinais de alerta precoce.
Embora estes sintomas possam parecer comuns, os investigadores salientam que nem todas as pessoas que os experimentam desenvolverão EM. No entanto, para aqueles de alto risco, como aqueles com histórico familiar, estes sinais podem ser a chave para um diagnóstico e intervenção mais precoces.
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A Dra. Celine Louapre, da Universidade Sorbonne, em Paris, explica que estes primeiros sinais podem não ser específicos da EM, mas podem fornecer informações sobre os mecanismos biológicos subjacentes à doença antes do aparecimento de sintomas evidentes.
A esclerose múltipla é uma doença autoimune que afeta o sistema imunológico, fazendo com que ele ataque o cérebro ou a medula espinhal. Danos à bainha de mielina, a camada protetora dos nervos, levam a sinais interrompidos e lentos para os músculos, causando sintomas como dificuldade para caminhar e problemas de visão.
A pesquisa foi baseada na análise de dados de 20.000 pacientes recém-diagnosticados com EM no Reino Unido e na França. Os resultados mostraram que estes pacientes tinham um risco significativamente maior de sofrer de depressão, prisão de ventre, infecções do trato urinário, problemas sexuais e infecções da bexiga até cinco anos antes do diagnóstico, em comparação com a população em geral.
Embora estes sinais não sejam específicos da EM e possam ocorrer noutras doenças autoimunes, os investigadores estão optimistas de que estes “sinais precoces” podem fornecer um caminho para uma compreensão mais profunda da biologia dos pacientes com EM antes que os sintomas característicos se tornem aparentes.
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