Qual é a conexão entre demência e a que horas você acorda?

A hora em que você acorda pela manhã pode aumentar o risco de demência, alerta um novo estudo

Pessoas com horários de sono caóticos podem ter 53% mais probabilidade de desenvolver demência.

Um estudo, publicado na revista Neurology, descobriu que pessoas com padrões de sono atípicos, seja muito ou pouco, têm um risco 53% maior de desenvolver esta temida condição.

Neste estudo, a regularidade do sono refere-se à consistência com que os participantes dormiam e à frequência com que acordavam à mesma hora todos os dias. Isso é tão importante quanto a quantidade de sono que você dorme à noite, dizem os especialistas.

O autor do estudo, Professor Matthew Paul Pase, da Universidade Monash, na Austrália, explicou: “As recomendações de saúde do sono geralmente se concentram em obter a quantidade recomendada de sono, que é de sete a nove horas por noite, mas é dada menos ênfase à manutenção de um horário regular de sono. .

O sono não deve ser apenas suficiente, mas também ritualístico, no intervalo das mesmas horas, todos os dias. Foto: Shutterstock

Nossas descobertas sugerem que a regularidade do sono de uma pessoa é um fator importante quando se considera o risco de uma pessoa desenvolver demência”.

Como parte do estudo, a equipe da Academia Americana de Neurologia estudou 88.094 pessoas do Reino Unido, com idade média de 62 anos.

Cada participante foi acompanhado por uma média de sete anos.

A regularidade do sono foi monitorada durante uma semana para estabelecer o horário de sono.

Os pesquisadores analisaram esses resultados e classificaram a regularidade do sono em uma escala.

Pontuações mais altas foram dadas às pessoas que seguiram o mesmo padrão de sono todas as noites.

Por exemplo, um participante que dormisse e acordasse exatamente no mesmo horário todos os dias receberia um índice de regularidade do sono de 100.

Já uma pessoa que dorme e acorda em horários diferentes todos os dias teria pontuação zero.

Durante o período de sete anos, 480 participantes desenvolveram demência.

Assim, constatou-se que quem tinha um padrão de sono irregular apresentava maior risco de demência.

Especificamente, aqueles com sono mais irregular tinham 53% mais probabilidade de desenvolver demência do que as pessoas no grupo de sono regular.

O professor Pase acrescentou: “Uma educação eficaz sobre a saúde do sono combinada com terapias comportamentais pode melhorar os padrões irregulares de sono.

Com base em nossas descobertas, quem tem sono irregular pode precisar apenas melhorar a regularidade do sono para níveis moderados para prevenir a demência.”

A investigação existente já relacionou o sono deficiente a uma série de outros problemas de saúde, incluindo diabetes, doenças cardíacas, acidente vascular cerebral e depressão.

As recomendações atuais são que os adultos durmam entre sete e nove horas por noite.

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