A fábrica de vinagre Margina, construída há 109 anos, encontra-se hoje num estado deplorável. O monumento industrial fica em mau estado e desaparece gradualmente.
A fábrica de vinagre Margina, construída há 109 anos, virou uma ruína / foto: a verdade
Este, erguido em 1912, é hoje apenas uma recordação. Dia após dia, degrada-se e perde-se sem intervenção.
Infelizmente, não goza de qualquer forma de proteção legal e é propriedade privada. Assim, os proprietários podem decidir apagá-lo da face da terra, tal como aconteceu com o Solventul de Timișoara.
O presidente da Câmara de Margina, Ionel Costa, afirma que a fábrica era uma filial da fábrica Solventul em Timișoara, mas a sua venda não foi transparente para as autoridades locais. As decisões foram tomadas a nível nacional, sem envolver o concelho ou comuna.
A oportunidade perdida depois da Revolução
A oportunidade de separar a fábrica da Margem Solvente foi perdida após a Revolução, quando esta poderia ter tido uma existência independente e ainda funcionar hoje.
A fábrica de vinagre Margina, encerrada em 1998, foi um importante empregador na zona, proporcionando emprego a mais de 700 pessoas nos seus dias de glória. Fornece mão de obra a todas as comunas ao redor de Marginia e à cidade de Făget.
Além da produção de vinagre, a fábrica contava com seções de carvão linhita, diluentes e materiais para fábricas de medicamentos. Na década de 70, existia até uma seção de engarrafamento de picles. Em 1930, Margina também produziu acetona.
Nos últimos anos de actividade, a fábrica especializou-se na produção de vinagre a partir do vinho, processo natural que utilizava microrganismos para a fermentação. Este método era único e a qualidade do produto era excelente, tornando o vinagre um produto muito procurado no mercado de exportação.
As pessoas acertam o relógio depois da fábrica
A fábrica também teve um papel útil na comunidade: emitia sinais sonoros nos horários de início dos turnos de trabalho, ajudando a população da Margina a acertar os relógios.
“As trocas eram feitas às 7 da manhã, às 15h e às 23h da noite. Ele trabalhava em três turnos. A fábrica tinha sistema de alarme e uma hora antes do pessoal ir para o turno eles ligaram. Foi montado no alto, próximo à chaminé. Correu a vapor. Às 6 da manhã a fábrica tocava para quem entrava a partir das 7. Cresci com esse som. Ele ficou no lugar do relógio, nos orientamos de acordo com o nome da fábrica. Talvez eu esteja nostálgico agora, mas sentimos falta daquele som“, disse Ionel Costa, segundo a reportagem
Os actuais proprietários da Valkiria Invest, representados por Alexander Etienne Hergan, cidadão romeno e americano, adquiriram a Solventul em 2008, juntamente com a fábrica Margina, por 25 milhões de euros.
Porém, Valkiria vendeu os ativos móveis para a empresa Constanta Intercom Prest, ficando apenas com o terreno, pronto para demolição e venda.