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O lago subterrâneo, com água de extraordinária qualidade, localizado sob as colinas de Hunedoara

No coração do Monte Sânpetru de Hunedoara, esconde-se um verdadeiro milagre da natureza – um enorme reservatório subterrâneo de água de qualidade excepcional. Este subterrâneo tornou-se uma fonte vital para o município de Hunedoara desde a década de 60, resolvendo os desafios do abastecimento de água durante o período de acelerada expansão demográfica da cidade.

Morro Sanpetru.  Foto: A verdade.

Morro Sanpetru. Foto: A verdade.

A evolução das necessidades adicionais de recursos hídricos

Na década de 1950, Hunedoara passou por transformações significativas, com um crescimento demográfico espetacular de mais de dez vezes na primeira década após a guerra, atingindo mais de 50.000 habitantes. Este rápido crescimento populacional criou novos desafios no fornecimento de água potável aos cidadãos e à siderurgia local.

Até 1950, a cidade utilizava numerosos poços e fontes de água locais, mas com o seu rápido desenvolvimento, tornaram-se necessárias fontes adicionais para satisfazer as crescentes exigências da cidade e da indústria local.

Os especialistas exploraram várias opções, incluindo a captação de água do Rio Cerna e da Nascente Severin, mas estas fontes revelaram-se insuficientes ao longo do tempo. A alternativa de trazer água do rio Strei foi considerada, mas uma extensa pesquisa levou a uma descoberta verdadeiramente notável, escreve o

Monte Sânpetru, a fonte não convencional

No final da década de 50, as autoridades optaram por uma solução pouco convencional – captar água dos calcários cársticos do Monte Sânpetru, em Hunedoara. Foram feitos três poços com profundidade de 200 metros e os resultados foram realmente satisfatórios. Foi feita uma descoberta surpreendente – um enorme reservatório subterrâneo de água de alta qualidade, capaz de fornecer água para a população.

A explicação desta maravilha natural reside no maciço de calcário dolomítico que se estende na zona sudoeste da cidade de Hunedoara. Este maciço criou condições favoráveis ​​à existência de uma albufeira subterrânea com caudais significativos. Os geólogos identificaram a existência de um sinclinal maciço, formação geológica resultante de movimentos tectónicos, que deu origem a uma bacia onde os calcários foram fracturados e carstificados, formando um leito impermeável de xisto cristalino.

Qualidade da água descoberta

O maciço calcário que abriga o Monte Sânpetru é sulcado pelos vales profundos do Cernia e seus afluentes como Govâjdia, Runcu, Nădrab e Zlasti. A água escoada circula no subsolo através de uma complexa rede de canais e fissuras, contribuindo para a formação do enorme lago subterrâneo.

A descoberta representou não apenas uma fonte de água, mas também uma fonte de água de qualidade particularmente boa. As análises efectuadas à água revelaram que esta é adequada para consumo humano, confirmando a viabilidade da solução escolhida pelas autoridades.

A construção de três furos na Colina de Sânpetru e a captação de água desta bacia subterrânea representaram uma solução eficiente e sustentável. Este subsolo tornou-se o principal fornecedor de água de Hunedoara, garantindo o abastecimento de água à população e à indústria.

Os anos seguintes trouxeram novos desenvolvimentos na gestão dos recursos hídricos. O aproveitamento hidrotécnico do Lago Cinciș, concluído em 1963, foi outra medida importante para garantir água potável em Hunedoara. No entanto, as mudanças na utilização dos recursos hídricos continuaram, com a deslocalização da captação de água para Șara Hațegului e a utilização do rio Bărbat de Retezat como principal fonte de água potável para o município.

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