Uma estação de televisão de Veneza transmitiu uma reportagem na qual se afirma que os mendigos romenos foram os culpados pelo terrível acidente ocorrido em 3 de outubro e que resultou em 21 mortes, incluindo uma família romena. Está em curso em Itália uma extensa investigação sobre a segurança da ponte de onde o autocarro caiu. Jornalistas italianos escreveram que as autoridades ignoraram as condições precárias da ponte. A própria televisão de Veneza lança uma hipótese alucinatória. A infraestrutura teria sido afetada pelos incêndios acesos à noite pelos mendigos romenos que se amontoavam debaixo da ponte.
Os moradores de Veneza acusam os mendigos romenos
A ponte de Mestre teria tido inúmeros problemas. Havia troços onde faltava grade e alguns locais nem sequer estavam sinalizados, escrevem os jornalistas italianos. Afirmam também, no entanto, que algumas avarias teriam sido causadas por mendigos romenos que se abrigaram debaixo da ponte.
E isto depois de os moradores terem enviado várias imagens à televisão local mostrando juntas expostas, grades partidas e postes enegrecidos pelo fumo das fogueiras dos sem-abrigo. Afirmam que são mendigos romenos e que acendem uma fogueira à noite para se aquecerem ou para cozinharem a comida. “Eles alarmaram várias vezes as pessoas por causa do risco potencial de um incêndio que poderia afetar a estabilidade dos pólos”, está especificado nas notícias.
“Gianluca Agostini fotografou os pilares que sustentam o viaduto, enegrecidos pela fumaça das fogueiras dos moradores de rua”
“Há lugares onde os romenos que vivem da mendicância em Veneza se abrigam há anos. A última evacuação da área onde o ônibus caiu ocorreu apenas na semana passada, mas há testemunhas que afirmam ter visto o retorno daquilo que todos na área chamam de ‘barbanera’ (barba preta)”afirma o noticiário da Tele Venetia.
O testemunho de um sobrevivente
A investigação sobre a tragédia de 3 de outubro ainda está em andamento. Foram entrevistadas diversas testemunhas, bem como os passageiros que sobreviveram ao acidente. Suas declarações podem responder a perguntas ainda não respondidas sobre quando o ônibus caiu da ponte em velocidade muito baixa.
Um homem que era passageiro do ônibus e sobreviveu ao acidente disse que ouviu o ônibus raspar na grade. Ainda há passageiros com quem os investigadores ainda não falaram e que podem ter informações que podem ser extremamente úteis para a investigação.
“Há pessoas que sofreram traumas, perderam parentes e temos que esperar até que possam ser ouvidos”, disse o promotor Bruno Cherchi.
O procurador acrescentou ainda que os resultados da autópsia do motorista italiano que conduzia o autocarro ficarão prontos nos próximos três dias.